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Bancada evangélica barra Conselho LGBT na AL-BA; ‘Deus não criou Adão e Ivo’, bradou pastor

23 de jan. de 2014
Já classificada como “Guerra Santa” por algumas pessoas presentes na sessão desta quarta-feira (22), da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a criação do Conselho Estadual dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) voltará a ser discutida na próxima terça-feira (28), quando também deve ser votado – em segundo turno – o Orçamento do Estado para 2014. A instalação do grupo na Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) estava entre os inúmeros projetos que seriam aprovados por acordo e com dispensa de formalidade nesta quarta, ou seja, com o sim de todos os deputados, sem discussão ou obstrução. No entanto, assim que o presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), começou a pronunciar “lésbicas, gays e bissexu...”, o deputado Pastor Sargento Isidório (PSC), que sequer esperou a conclusão da frase, bradou contra o tema. O parlamentar – que já declarou ao Bahia Notícias ser ex-dependente de drogas e ter medo de voltar a ser homossexual – proferiu novas declarações polêmicas contra os homossexuais, mas tirou da conta do governador Jaques Wagner (PT) a autoria do projeto, apesar do petista assinar a matéria. “Temos tantas coisas sérias para discutir e cuidar. Tenho certeza que o governador não é o responsável pelo projeto, algum assessor está traindo ele”, acusou Isidório, que considerou o conselho uma estratégia para “instalar a ditadura gay no Estado”. Ao garantir que não iria “assistir a aprovação de um absurdo”, o parlamentar subiu na tribuna da AL-BA e clamou aos colegas que não “perdessem tempo” com a discussão do “sexo deturpado” e da “ofensa contra a família de Deus”.  “Não poderia deixar de me insurgir. Não basta a novela com Cauã Reymond pegando todo mundo. As cenas de violência e relacionamentos de homem com homem e mulher com mulher, destruindo a família de Deus. [...] Esse grupo diz que segurança é gay, deputado é gay, professor é gay, vigilante é gay, tudo é gay... Respeitem os heterossexuais”, se desesperou o pastor, visivelmente alterado na tribuna, antes de finalizar o pronunciamento com a alegação de que, caso aceitasse os homossexuais, Deus não teria criado Adão e Eva, mas sim “Adão e Ivo”. 


Fonte: http://www.bahianoticias.com.br