A Associação de Consumidores Proteste testou 20 suplementos proteicos
para atletas, a fim de avaliar se as quantidades de proteínas e
carboidratos descritas no rótulo correspondem à realidade e estão de
acordo com a legislação. A tolerância prevista na Resolução RDC Nº
360/2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é uma
variação de 20% para mais ou para menos com relação ao prometido na
embalagem dos produtos. Os suplementos denominados Whey Protein (WP),
feitos com proteínas do soro do leite, os mais populares no mercado,
foram mal avaliados. A maioria deles oferece menos proteínas e mais
carboidratos do que declarado no rótulo. Apenas a marca Maximum Whey/MHP
apresenta menos carboidrato na fórmula. A informação errônea dos
nutrientes pode impactar diretamente no desempenho e rendimento dos
praticantes de atividade física, principalmente em dietas calculadas em
função dos valores nutricionais esperados. A Proteste também analisou a
determinação prevista na legislação da Anvisa RDC Nº18/2010, que obriga
os rótulos de todos os alimentos para atletas a trazer a seguinte frase:
“Este produto não substitui uma alimentação equilibrada e seu consumo
deve ser orientado por nutricionista ou médico”. Cinco produtos
analisados não levavam o alerta na embalagem. Outros cinco receberam boa
avaliação nos testes: Top Whey 3W (Max Titanium), 100% Pure Whey
(Probiótica), Isofusion (Gaspari Nutrition), Whey Protein Isolate (Now
Sports) e 100% Whey Fuel (Twinlab). A associação enviou os resultados do
teste à Anvisa e às Vigilâncias Sanitárias do Rio de Janeiro e São
Paulo, com o pedido da retirada dos produtos irregulares do mercado.
Confira no site da entidade a lista completa da avaliação dos produtos.