Condenado
a 22 anos e três meses em regime fechado pela morte de Eliza Samudio, o
goleiro Bruno tenta trocar de presídio para escapar do regime de
segurança máxima em que vive hoje e, de quebra, faz acordos verbais com
equipes de futebol caso consiga a liberação da Justiça para treinar.
O
mais novo "acordo" é com o Montes Claros Futebol Clube, do norte de
Minas, que disputa a segunda divisão do campeonato estadual. A defesa de
Bruno espera apreciação da Justiça para o pedido de transferência para a
cidade, que possui um presídio regional. As únicas unidades prisionais
de segurança máxima em Minas são a Nelson Hungria, em Contagem, onde
Bruno está recolhido, e a penitenciária de Francisco Sá, também no norte
do Estado.
O
presidente do Montes Claros, Vile Mocellin, acredita que uma possível
contratação de Bruno seria oportunidade para "tentar recuperar o homem".
—
Os advogados estão tratando para conseguir a liberação. Eles nos
procuraram e tivemos interesse, além de ser um bom jogador, vamos tentar
recuperar o homem. Não teria custos para o time, mas o Bruno poderia
ter salário se conseguisse um patrocinador. Depois, poderíamos receber
parte do valor se ele fosse vendido para outro clube.
O
dirigente justifica o interesse dizendo que o Montes Claros desenvolve
trabalhos sociais com crianças carentes, mas afirma que o clube não
possui nenhum condenado pela Justiça no elenco.
O
Tribunal de Justiça de Minas Gerais voltou a afirmar que, a princípio,
Bruno só teria a progressão do regime em janeiro 2020, quando iria para o
semiaberto. Ainda assim, pelas regras do sistema, não poderia ficar a
noite fora da prisão nem teria autorização para viagens. Bruno também
tenta transferência para a Apac, em Nova Lima, onde o reeducando
participa de todas as tarefas e não é monitorado por agentes
penitenciários. Para ter acesso ao benefício, o condenado não pode ter
faltas disciplinares. Entretanto, Bruno foi punido neste mês por ter
brigado com detentos.
As informações são do R7.
As informações são do R7.