Joaquim Levy e seus secretários participaram de um café da manhã com os jornalistas. (Foto: Divulgação/Ministério da Fazenda) |
Para ele, é “previsível” um ajuste de impostos nesse momento de reorientação da economia
O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, confirmou nesta terça-feira (13), durante um café da manhã com jornalistas, que haverá um ajuste em impostos. Porém, para Levy, esse ajuste é um movimento “compatível” com o objetivo de aumentar a poupança pública e não faz parte de nenhum “pacote” do governo ou de um “saco de maldades”. Para ele, é “previsível” um ajuste de impostos nesse momento de reorientação da economia.
Entretanto, o novo ministro da Fazenda não especificou quais tributos podem sofrer esses ajustes. “A gente não tem nenhum objetivo de fazer nenhum saco de maldades, ou pacotes, mas vamos ter de fazer algumas medidas”, declarou. Levy informou também que o governo está avaliando gastos públicos.
Outro objetivo anunciado pelo ministro é o de trazer a dívida pública bruta do Brasil para a faixa de 50 por cento do Produto Interno Bruno (PIB) e que isso é positivo, se observado em longo prazo. Porém, o principal desafio no momento é estabilizar o indicador. Atualmente, a dívida pública brasileira está em 63 por cento do PIB.
Levy busca também melhorar a nota do país pelas agências de classificação de risco. Para ele, no futuro, será possível para o país almejar uma nota A – menção mais elevada. O novo ministro da Fazenda ressaltou ainda a importância de elencar prioridades, da mesma maneira como fazem as famílias na administração de seu orçamento. “A prioridade é importante. As vezes em uma semana, deixa de ir na ‘balada’ ou comprar um tênis para comprar um caderno. Ou, nos tempos atuais, um ‘notebook’. O material escolar vem na frente. São decisões que todas as famílias tiveram de fazer e é o que garante a gente ir para frente”, explicou ele.