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Devido ao não pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) por parte da mineradora Vale, na última terça-feira (23), funcionários da empresa que atuam nas minas de Nova Lima e Itabira, em Minas Gerais, decidiram paralisar suas atividades. Agora, o mesmo pode estar prestes a acontecer nas minas da região de Carajás. Isso é o que diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na indústria da Extração de Ferro e Metais Básicos do Ouro e Metais Preciosos (Metabase Carajás), Raimundo Nonato Amorim, o Macarrão. De acordo com ele, todos os anos são estabelecidas diretrizes que norteiam o pagamento da PLR. Mesmo com perdas por parte da Vale, segundo Macarrão, as minas não deixaram de produzir. “Sabemos que houve prejuízo, não vamos negar, mas houve um esforço além do normal por parte dos trabalhadores. Batemos todos os recordes de produção, tanto na mina de ferro, quanto nas minas de cobre e manganês. Houve crise, mas o trabalhador não ficou parado e trabalhou mais do que deveria”, justifica. O presidente do Metabase Carajás, que na quarta-feira (24) enviou um documento à Vale sobre o posicionamento e exigências dos funcionários, afirma que os sindicatos, que possuem empregados na mineradora em todo o país, atuam de forma coordenada e que a empresa tenta desarticular o grupo. “Mantemos contato com os outros sindicatos de todo o país. Iremos decidir isso juntos e não aceitaremos fazer reuniões isoladas. A Vale vem tentando esfacelar o movimento sindical, então começamos uma série de mobilizações a nível nacional que iniciou pelo Sindicato Metabase de Belo Horizonte e o Sindmina do Rio de Janeiro, que também fez paralisação [na quinta-feira, 25]”, explica. Caso a Vale não queira ir para a mesa de negociação com o Metabase, Macarrão deixa claro que a greve também chegará à Carajás. “Iremos cruzar os braços porque não podemos deixar o trabalhador fazer esforço além do normal em um trabalho que é muito desgastante. Sabemos que as minas do Salobo e do Sossêgo têm concentrado de cobre com ouro no meio e são retirados vários quilos por mês. Dizer que houve prejuízo e não vai dar nada para o trabalhador? Nós não aceitaremos isso da Vale”, garante. O Sindicato Metabase Carajás representa cerca de 13 mil trabalhadores da Vale na região de Carajás, que inclui os municípios de Parauapebas, Marabá, Canaã dos Carajás, Eldorado do Carajás e Curionópolis. A Vale disse em nota que de acordo com os critérios fixados no Acordo de PLR, seu pagamento não é devido. A empresa ressaltou que esses critérios estabelecidos no Acordo de PLR foram aprovados pelos sindicatos e pelos empregados em assembleias conduzidas por esses sindicatos. [Show slideshow]ATENÇÃO! O Portal Conecta Carajás está protegido por direitos autorais. Siga as orientações a seguir para utilizar este conteúdo de maneira legal e ética. Os textos publicados na área de livre acesso do Portal Conecta Carajás pode ser utilizado por qualquer pessoa, com o fim exclusivo de difusão da informação. Para isso, basta utilizar a expressão "Fonte: Conecta Carajás" ao final do texto. Se preferir editar o conteúdo antes de publicar ou utilizá-lo como fonte de informação para a criação de um novo texto, utilize a expressão "Com informações de: Conecta Carajás". Obrigado pela visita e continue conectado!
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