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Zika circula em 41 países e territórios; Guillain-Barré aumentou em oito

4 de mar. de 2016

Colômbia e Venezuela anunciaram casos de microcefalia associados à zika. EUA, França e Itália tiveram provável transmissão sexual do vírus.
04/03/
Do G1, em São Paulo
Em foto de 11 de fevereiro, bebê tem a cabeça medida durante exame de rotina em Caracas, na Venezuela  (Foto: Foto AP/Fernando Llano)Em foto de 11 de fevereiro, bebê tem a cabeça medida durante exame de rotina em Caracas, na Venezuela (Foto: Foto AP/Fernando Llano)
Desde o início de 2015, 41 países e territórios já registraram transmissão local do vírus da zika, segundo um novo boletim divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (4).
O mais recente país em que a circulação local do vírus foi detectada foi Laos, no sudeste asiático. Só nas Américas, 31 países e territórios já têm casos autóctones da infecção.
O relatório também destaca que, em três países, houve transmissão local do vírus mesmo sem a presença do mosquito Aedes aegypti, o que sugere a ocorrência de transmissão sexual: Estados Unidos, França e Itália.
Até agora, o aumento de casos de microcefalia só foi registrado no Brasil, onde foram feitas 5.909 notificações entre 22 de outubro de 2015 e 27 de fevereiro de 2016. Casos da malformação potencialmente ligados ao vírus, porém, foram identificados também na Colômbia e na Venezuela nesta sexta-feira (leia mais abaixo).
O relatório acrescentou que foi observada uma possível relação entre a síndrome de Guillain-Barré e o vírus da zika em oito países ou territórios entre 2015 e 2016: Brasil, Suriname, Venezuela, El Salvador, Colombia, Martinica, Porto Rico e Panamá.
Morte de feto na Venezuela pode ter relação com zika
Nesta sexta-feira, foi anunciado que um feto cuja mãe provavelmente foi infectada pelo vírus da zika na Venezuela teve microcefalia e acabou morrendo. Trata-se do primeiro caso na Venezuela ligando a infecção a danos cerebrais em bebês.
A mulher não identificada de 24 anos do Estado de Monagas teve uma irritação cutânea e um mal-estar geral na 13ª semana de gestação em janeiro, de acordo com um relatório de médicos da Universidade Central da Venezuela (UCV).
Ela testou negativo para citomegalovirus, rubéola, dengue e chikungunya. A Venezuela informou no mês passado que os casos suspeitos de Zika tinham subido para 5.221.
Primeiros casos na Colômbia
Também nesta sexta-feira, foram divulgados osprimeiros casos de malformação associados ao vírus da zika na Colômbia.
Segundo a "Nature", pesquisadores colombianos identificaram um bebê com microcefalia e dois outros com anomalias cerebrais congênitas. A informação é do pesquisador Alfonso Rodriguez-Morales, que lidera a Rede Colombiana Colaborativa sobre Zika (Recolzika). Testes constataram que todos os três bebês tiveram contato com o v´rius da zika.
O vírus da zika chegou à Colômbia em setembro e, desde então, tem se espalhado rapidamente pelo país, que é o segundo maior em número de infecções pelo vírus depois do Brasil. Um boletim divulgado em fevereiro reportou 42.706 notificações de zika, sendo 7.653 em mulheres grávidas.