Tropas das Forças Armadas desembarcaram nesta sexta-feira (15) na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, para atuar no esquema de segurança da Olimpíada, que tem abertura oficial no dia 5 de agosto. O voo desta sexta reuniu cerca de 200 militares da Força Aérea e da Marinha em Roraima, Amazonas e Pará e foi o primeiro no novo Boeing 767 comprado para o transporte de tropas.
Os militares saíram de Brasília no início da tarde em um voo da FAB para integrar um contingente de 22,8 mil membros das Forças Armadas que atuarão na sede olímpica a partir do dia 24. Eles vão se juntar a soldados do Rio, Mato Grosso, Pará e Amazonas, que chegaram ao Rio de Janeiro durante a semana.
Além das ações de defesa nacional e monitoramento de portos e aeroportos, cerca de 3 mil militares vão atuar em situações de rua similares ao trabalho realizado pelas polícias Civil e Militar.
As tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica receberam mais de cem horas de instruções e treinamento específico nos últimos meses para enfrentar situações extremas, como terrorismo ou ataque biológico. As tropas permanecem no Rio até o encerramento da Paralimpíada, que ocorre após os Jogos Olimpícos.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou durante o voo acompanhado pelo G1 a convite da FAB que o Brasil enviará um emissário a Paris para acompanhar as investigações sobre o atropelamento de uma multidão que assistia à cerimônia do dia da Bastilha em Nice, na Riviera Francesa, nesta quinta-feira (14), que deixou ao menos 84 mortos.
"Sabemos que eles não poderão nos passar algumas orientações, mas o que eles puderem será de grande ajuda", disse Jungmann.
Mais cedo, antes de embarcar, Jungmann disse em entrevista à Globo News que a atenção em relação à segurança dos Jogos Olimpícos será ampliada depois do atentado na França.
"Em resumo, isso nos preocupa e nós estamos revendo e ampliando os nossos controles, as nossas checagens, embora isso venha representar um desconforto a mais para aqueles que vão participar ou para aqueles que vao assistir as Olimpíadas, mas isso se faz necessário em nome da segurança de todos", disse o ministro da Defesa.
Ele disse que está trocando informações com a área de inteligência da Segurança Institucional e também com o Ministério da Justiça para poder fazer uma readequação dos procedimentos e protocolos de defesa, de segurança e também inteligência, por causa do atentado.