Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), antecipou nesta terça-feira (2) o início da votação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Antes anunciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para o dia 29 de agosto, o julgamento final começará no dia 25 e deve ser concluído até o dia 29, e não mais em 2 de setembro. De acordo com Renan, caso seja necessário, as testemunhas de acusação e defesa da petista, inclusive a própria presidente afastada, serão ouvidos até sábado e domingo. O anúncio acontece após uma reunião entre Temer e Renan nesta terça. Segundo o jornal O Globo, o presidente da Casa negou, entretanto, que a conclusão do processo em agosto seja parte de um acordo para nomear o deputado Marx Beltrão, a seu pedido, como novo ministro do Turismo. Além disso, negou que a antecipação tenha sido um pedido do presidente interino Michel Temer. Com a antecipação do julgamento final, Temer poderá viajar para a reunião do G-20, na China, já como titular, caso o impeachment seja aprovado. Nesta quinta-feira (4), após a votação do relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) na Comissão do Impeachment, Renan deve se reunir com líderes e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski para estabelecer regras que serão adotadas durante a sessão de julgamento no plenário, como quantidade questões de ordem a serem respondidas, prazo de fala das cinco acusações de defesa e cinco de acusação e o período em que cada senador vai falar. Logo após o comunicado de Renan, o líder da Minora, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), foi ao gabinete contestar a data. Na reunião de quinta com os líderes, o petista vai defender que a sessão seja marcada para o dia 29, como havia sido feito anteriormente.
