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Jovem é assassinado por engano em lan house em Águas Claras

2 de ago. de 2016
O ajudante de carga e descarga Samuel Felipe Pereira, 21 anos, era descrito pela comunidade de Águas Claras como um jovem bom, honesto e respeitoso. O assassinato dele, na tarde deste domingo, 31, chocou os moradores. Eles acreditam que Samuel foi morto por engano, no lugar de um dos dois irmãos envolvidos com a facção criminosa Katiara.
"Ele era um menino direito, mas tem dois irmãos que são envolvidos com a Katiara. Não sei qual é o caso", disse um homem, em tom de revolta. "Vieram para matar outra pessoa e pegaram ele", contou outro. 
Esta é a principal linha de investigação da polícia, segundo o delegado Euvaldo Costa, do Departamento de Homicídios (DHPP).  "A versão de que os meliantes executaram a pessoa errada é a mais provável. Segundo informações, ele era evangélico, mas os irmãos eram envolvidos com o tráfico de drogas", afirmou Costa. "Foi execução mesmo, motivada pela rivalidade entre facções. Já há dois suspeitos", completou o delegado, sem dar  detalhes.   

Samuel foi assassinado quando acessava a internet na lan house JL -  Yformática.net, no final de linha de Águas Claras. A ação durou menos de um minuto, de acordo com o  relato de uma testemunha.

Era por volta de 12h30, quando  o piloto parou a moto Honda Pop preta em frente ao estabelecimento. O  carona desceu do veículo, entrou no local, efetuou cinco tiros contra Samuel e fugiu na mesma moto com o comparsa. "O atirador ainda parou para pegar a pistola e a carteira que deixou cair", contou.   
"Quero justiça"
Ainda conforme a testemunha, o piloto da moto usava um boné, sem capacete, e o carona permaneceu de capacete todo o tempo.
"Quero Justiça pela vida dele. Era um filho trabalhador, servo de Deus, congregava na igreja comigo,  queria vencer na vida. É uma dor... Essa nunca vai passar. Acabaram com os sonhos dele", desabafou a doméstica Edmarise Felipe Pereira, 46 anos, mãe de Samuel.
Moradores da localidade da Caixa D'Água, onde Samuel morava, atribuem o crime a traficantes da localidade de Vietnã, em Cajazeira 3.