Caminhoneiros fecharam trechos da BR-324, da BR-116 e da BR-101 desde a madrugada desta segunda-feira, 21. O protesto faz parte de um movimento nacional contra o aumento do preço do diesel. Nesta segunda, foi anunciada mais uma alta nas refinarias de 0,97%. Na semana passada, o preço do óleo teve aumento durante cinco dias seguidos.
A manifestação na BR-324 acontece no km 531, em Feira de Santana (a 109 km de Salvador). O fluxo está totalmente fechado no sentido de quem segue para Salvador e parcialmente na direção contrária.
Para quem vai para o interior da Bahia, apenas a faixa da direita está bloqueada, causando congestionamento de 12 quilômetros, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Caminhoneiros também fecharam a BR-116 no km 521, em Itatim, no km 814, em Vitória da Conquista, ambos no sudoeste da Bahia. Também há mobilizações na BR-101 em dois trechos: no km 672 em Jequié e no 920 em Nova Viçosa.
O diretor do Sindicato dos Caminhoneiros, Luciano Oliveira, disse que os trabalhadores baianos aderiram ao movimento convocado pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam). "Todo dia está aumentando o preço do óleo diesel. Aumenta o dólar, aumenta o barril de petróleo e depois o óleo diesel. O protesto também é contra os preços cobrados nos pedágios, que é abusivo", explica.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas de combustível teve alta de 8% no ano. Atualmente, o valor está acima da inflação acumulada em 2018, de 0,92%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os atos acontecem também em outros estados, como Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Frete
Além da manifestação nas rodovias, os caminhoneiros baianos também estão mobilizados desde o último dia 12 de maio pedindo reposição no preço do frete pago pelas empresas que atuam no Porto de Salvador. "Eles pagam R$ 600 de frete, mas com os sucessivos aumentos de óleo gastamos R$ 380 de combustível; ou seja, mais de 50% do frete. Só que não é só isso, também temos que fazer manutenção no caminhão e pagar a documentação", reclama Luciano.