O Ministério da Saúde insiste que a divulgação das datas de início e término do plano de vacinação contra a Covid-19 aconteça apenas após a aprovação de algum imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A posição é mantida apesar da determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski para que a estratégia de vacinação seja divulgada.
O presidente da República Jair Bolsonaro e auxiliares afirmam que o cronograma depende do aval da Anvisa. O órgão afirma que ainda não recebeu nenhum pedido de registro de vacina.
A posição do governo foi manifestada por Bolsonaro em reuniões ao longo desta segunda-feira (14). O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse o mesmo a auxiliares, traz matéria da Folha de S. Paulo.
No domingo (13) o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, estabeleceu prazo de 48 horas para que a pasta da Saúde informe uma data de início e de término de seu plano de vacinação da população contra a Covid-19. O ministro é o relator de ações sobre plano de vacinação.
Segundo interlocutores ouvidos pela Folha, a pasta não quer se comprometer com uma data para o início da vacinação antes que haja sinais que autorização emergencial ou de registro final de um imunizante por parte da Anvisa.
A reportagem destaca que, na visão das fontes consultadas, dificilmente o governo conseguirá iniciar a imunização de grupos prioritários ainda em dezembro, mesmo que algum registro de uso emergencial seja concedido nos próximos dias.